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quinta-feira, outubro 14, 2010

Nao mais que de repente

Tava faltando Vinicius de Moraes por aqui. Nao sou muito intima da literatura brasileira, mas me identifico MUITO com alguns escritores mais atuais, como Cecilia Meireles (minha querida), Vinicius e Carlos Drumond... Esse texto ja foi estudado por mim em alguma fase de minha vida, e nunca pensei que ele fosse se adequar a mim como se adequou.

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

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